23 de nov. de 2011

POEMA +



POEMA +
Thiers R>




dedilham segredos

nos lábios que transgridem

sou fuligem

sombra, sinfonia e pecado

letra dispersa

corpo que acende

vulcão que expele

fração de ondas

música intocável

labirinto de orgasmo




na porta aberta

vivo outubros

encontro marcado, esperas

dos parêntesis sufocados

abri-me como pierot



a pausa me consome

delineio teu corpo

mordo a ponta dos dedos

pinga o sangue

inunda a alma



sou nó

broto no silêncio

roça o meu pensamento

na ação quase litúrgica,

faço-me teu



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