27 de dez. de 2007

Me vou ab surdamente



o poema retrata a incoerência do ser humano. Ao mesmo tempo a incoerência é tbém parte da coerência. Estamos cercados de encantos e desencantos.Mas o poema nos diz: Ache!certamentemente tentamos nos achar em cada grão espalhado na atmosfera.
Eu,tu e uma humanidade inteira.
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ThiersR>

Infame Realidade



Infame Realidade

Eles dormiram
e deram-me o silêncio,
amigo das horas,
dos dedos,
dos pensamentos.
O vento acompanha palavras
que descem esquinas
à procura de movimento.
Brutal tiro atinge-me o peito,
guardo a bala
(quem sabe sinta desejos por algo doce
nesta noite uniforme?)
Arrasto pés cansados
atravesso ruas e
avenidas olhando povo.
Queria xingar, gastar palavras...
Estou só( por escolha),
cansei de inutilidades.
Acompanho o trajeto da flor a
procura dum peito pra deitar-se
- dorme flor, no peito da moça verde alface –
Penso-a! Penetro mãos
na saia azul-mar-rindo
Vem a primeira gargalhada
É macia e sedosa,
em transe toco a flor vermelha.
Sobe-me o tesão.
Recolho pensamentos.
Guardo-os no paletó
onde estão as estrelas sonoros
da noite anterior.
Abraço-as como canção,
ardiloso pensamento,
infame realidade.

ThiersR>
>2007

Com Versa Erótica



Com Versa Erótica
ThiersR>


Manoel, como ia dizendo:
fareja a cobra no rio em busca
da uva erótica dissolvida na boca
Não vejo como aparelho inútil
uma cobra é uma cobra!
Não as velhas cobras a tagarelar esquinas
destilando assuntos apodrecidos do tempo.
Minha cobra é sensual
corre águas lambendo lesmas...
cobra danada
Incolorida fica na beira encobreada
estirando língua fálica
ela é namoradeira.
até pinta boca vermelha mordendo uvas vorazes.
gosta dos jacintos, aspira perfumes,
rebola arreganhada.
Eu disse: Ela é danada!
agora se bronzeia na beira da pedra
com chapéu a boca
diz ter medo de terremoto do céu...
veja bem: as cobras tem medo da monóxidade
da camada de CFC’s
que matam a ver-de-mata.

2007>
Com Versa Erótica
Pra Manoel de Barros

24 de dez. de 2007

Monólogo em Preto e Branco




Monólogo em Preto e Branco
ThiersR>



Uma foto não fala
um passado de estrelas dormidas.
Uma foto não traduz
uma alma dilacerada.
Uma foto é um clic indigno
que ficou no ar
paira incerteza e dorme
acanhada na penumbra do pensamento
pensas eu sei, mas como posso
dissolver-me e penetrar nas
estrelas apagadas de tua mente?
Sei, dizes que o cão não ladrou,
que o mar se rebelou.
Acaso a natureza não pode
discordar de teu dia?
Os dias são magias acordadas
aconchegantes porque trazem a
ilha cálida do anoitecer

2007>

>>

MISTOS



Mistos
ThiersR>

Sento-me a beira do cais
apenas por um motivo
– Sentir o cheiro do vinagre –
misto de mijo e motéis
misto de mar e ostras
misto de silêncio e amor.

>>2007

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22 de dez. de 2007

Crise de Romantismo



Crise de Romantismo
ThiersR>


tá louca?
eu só assassino o que vomito
tem que sair das minhas entranhas
ter cheiro fétido
da privada onde a prostituta
troca o absorvente
melado de sangue velho
esse cheiro provoca em mim
uma vontade impura de gritar
no papel todo verme que mora dentro
ora, se em minha pele lavada
milhares de bactérias dormem
formigando em busca de comida...
dê um absorvente ensangüentado e verás.
elas querem te foder
bactérias, fétido fetiche.
eu só assassino o que escrevo
por pura e inconseqüente fatalidade.
sou porção indigna
que estendeu a cadeira de praia
dentro de teu pensamento.
vai, antes que eu perca a paciência.
hoje preciso comer umas rosas de pétalas doces
eu to com crise de romantismo.

may
>2007

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21 de dez. de 2007

pensanentos acerca de Silêncios


Pensamentos acerca de silêncios
ThiersR>



Aguardo um poema
descalço
desencontrado
desequilibrado
rabiscado
de silêncios


2007/Jul>
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trapo bem tratado






Trapo bem tratado
ThiersR>


O disfarce mora na letra encoberta
Cuspo-a semente fétida
assumo ->quero ser trapo
- trapo bem tratado...
lavado, amado, perfumado
nos dedos de uma bailarina in Dangast
passos dançam rendas
olhar corrompido
guardo-a em comprimido
Voa avião de papel
traz disfarces
veste-me pierrôt em alegoria
diáfana&incrédula
onde a obscenidade
algema loucura
arrogante
2007>
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