26 de set. de 2010

Tempestade Al’ dente



Tempestade Al’ dente
Thiers R >



mistura de alho
al dente
morde
sabor úmido
resumo de rosas



abrem-se os espinhos
nos braços rasgados
traça a dor esculpida
a voz entre’cortada
escreve adágios



a’linha do raciocínio
chove torrencialmente
há pressa na esquina
trajeto do sangue
polui os passos
atípica veia
veste morno olhar.



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NOSSA PELE



NOSSA PELE
Thiers R >


Aport’o templo amor

inexplicável física

retifica

indecifrável magia



conheço os silêncios pirilampos

na cavidade da lua

abrigo de ventos curvos

a germinar invernos.




>2010




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16 de set. de 2010

OBSCENA’MENTE



OBSCENA’MENTE
Thiers R >



Obsceno o pensamento atordoa

perde-se no espaço

lascívias, carícias..

obscenos, contraem-se os músculos

palavras não mais se completam

ardem esquinas, vaporizam-se

a linha de meu semblante estremece

quero-te na cama

no espelho que reflete

a alma infiel acometida de ti

por que abocanhas o prazer em circuitos?




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