25 de abr. de 2009
DANÚBIOS
Danúbios
Thiers R> e Fabricio Queiroz
Pronuncias no ato
indigno percurso
que aterro
clamas por vermes
diariamente comido
sobressai'o Danúbio
doce paladar
vomit'ao' mar
como onda
oscilo
por isto enjôo
Baviera, Linz, Viena, Eslováquia
onde cantas agora
no azul entre'cortado
de minhas veias?
quantos sonhos submersos
bonecas afogadas
imponente segues pela história
de oeste a leste
sobressai'o Danúbio
no levante da cumeeira
na dança em suas esteiras
palhetas a te navegar
Budapeste, Sérvia, Romênia
sereno
do Delta te observo
danço sobre as lendas de Dracul
rio para as guerras de ontem
desnudo-me de braços abertos
para onde vão
minhas vestes de prata?
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5 de abr. de 2009
SONATA DAS ROSAS AMARELAS
SONATA DAS ROSAS AMARELAS
Thiers R>
Rói o vento
sob as pálpebras
sentado à mesa o copo ordena:
escreva
escreva até desmaiar
na mão grita o absinto:
aguarda
bebamos inverdades
brindemos a descamação
trêmulo, respondo:
- não! hoje as rosas são amarelas
levantaram a cabeça
embriagadas pelo perfume
exalado d’os dedos teus
esbarro n’o suor que pinga
cercado por silêncios
o pianista toca sonata inaudível
pergunto seu nome
-“.. Dang Thai Son
resisti à guerra, sou vietnamita..”
concluo:
desejos comandam a vida
mesmo que a fuligem engasgue
também posso tossir
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