ORA QUEM SOU...?
Thiers R>
sou
o lixo que se veste de duque
distrai
o povo
abstrai
o tempo
inflama
a garganta de poesia
cospe
na palidez dos sonhos
engasga
no espinho da rosa
lateja
como ferida
e
sorri diante da insensatez
fossilizo-me
na zona
página
suja da vida
traço
goles da calçada suja
sangro
sacrilégios
incomodo o brilho da lua
sem
que o mundo perceba
o
catarro se esgarça
a
chuva desova
dentro
da lágrima que ocupei
afinal:
sou a tosse do que não desejas
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