15 de out. de 2008

FLORES SUADAS DO INSTANTE


Flores suadas do instante
Thiers R >


como música
senti tuas mãos
em agreste toque
a penetrar a alma do estômago
traduzindo sons
sem luvas
sem luas
sem chegadas
no corpo de meu olhar
instalou-se o sopro
desta noite louca
impura
e transgressora
fertilizada no perfume
que me arrastou
dizia: ‘-não posso,
não posso...’
mas os passos de gazela
mordiam –me
desintegrei liricamente
incendiei integralmente
letras de um desejo
que riscavam a rosa
quase espinhos
quase pálida
quase sonho
oscilava a madrugada insone
de nossas bocas em transe hipnótico
suei flores
abri portas
em lago
desestabilizei
couraças de medo
no teu corpo
mordi a boca louca
do sim


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6 comentários:

Anônimo disse...

Muito bonito!

Beatriz disse...

Sim..rs

Caio Tadeu de Moraes disse...

A suprema indiscutível melhor poesia da sociedade dos Amantes da Literatura; imergiu do ventre poético pronta para ganhar o mundo!!
Acredito que você está se referindo a tentação, ao desejo, o instinto mais básico de todos, o qual nos alfineta até se tornar um vício, insaciável, e não conseguimos mais controlar as ações ou raciocinar direito...

Esplêndido!! Se não fosse pelas limitações da tecnologia digital eu te abraçaria;;
Uma ótima semana companheiro =D

Fabrício de Queiroz disse...

Quem se excita com um beijo na barriga entende as "Flores suadas"...
rs rs


Forte abraço

Vítor disse...

Bem legal =)

Vítor disse...

Mordi a boca do não