SENTIDO TURBULÊNCIA
Thiers R>
Diluí-se
o dia
na
voz entorpecida das ruas
na imensidão dos
porquês
sem
motivo ou razão
desobedeço
no
canto dos cisnes
que
brotam de minha cabeça
olhar
semínima
como
nota que pousa avessa
penetra-me
os poros
no enlace do viés
a
noite se esgarça
na
imprudência do momento
na
viagem sideral
desta
espaçonave
estremeço
ante a possibilidade
como
luva
toco
a boca
reajo
ao instinto
perdido
por entre letras
rompo
fios eletrificados
na
agulha que fere meus dedos
vivo
o imaginário
estremeço
na turbulência
e avanço pedindo mais
( In. Chovem as Luas de Paris – Ed Big
Time/aôut-2015)