19 de fev. de 2008

ACIDEZ IMPURA



Acidez impura
Thiers R>


Ácida queima garganta
impura destila
corre a veia
fermenta o fel
amargo, corrói e borbulha
porra!
ácido veneno
arranca
arranha e risca
rosas e margaridas
penetra fuligem na alma
contamina
fulmina
intranqüila ferve a rua
atira, mata!
rosa minha rosa
arrancada do jardim
choram-me os dedos
espinho saqueado da alma

Dezembro 2007>>


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3 comentários:

Max da Fonseca, disse...

Gostei da invasividade do poema...

Thiers Rimbaud disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Raiblue disse...

Corrosivo...liberta dor...ainda que chorem os dedos...saqueando o espinho da alma...num poema molhado de vermelho...sangue e lágrima.... o sal...a saliva...anticorrosivos...restauram os labirintos lá dentro...fecham o corte ,pela língua que lambe as feridas...gotas de um perfume delicado...algo que sobrevive...essência ...
Simplesmente essa música me emociona demais!
Bravo,poeta!!
Beijos azuis corrosivos...rs