26 de jul. de 2008

MEU CASO POÉTICO...




MEU CASO POÉTICO



Me pergunto eventualmente, juro eventualmente mesmo, porque normalmente eu não me pergunto, apenas faço. E faço bem feito. Internet é masculino ou feminino? Que dúvida atroz... Se ela ( a querida internet) é masculina estou perdido....serei gay? Por outro lado se for feminina sou um tarado...Que l o u c u r a!
To de caso, risos... paixão mesmo, uma paixão poética feita de letras, teclado, luas, luares e um inefável delírio.
Sim... eu deliro nas mansas noites de um inverno com prometidas. Afinal o delírio é meu e como já disse anteriormente: Eu me permito.
Ora se o delírio nasceu de meu cérebro desgovernado, se instalou-se ali entre duas têmporas formando lindas, saborosas e comíveis estrelas, concluímos que é meu.. sim, é meu.
Pois muito bem, certo dia comprei um desses aparelhos parecendo mala de executivo..risos...
Logo eu que ando de jeans rasgados, camisa amarrotada mostrando um peito( põe aí, nada de silicone falo de peito macho), que as mulheres querem apalpar.. hahaha!
Pois é girl eu comprei o treco pretinho, bonito e cheio de botões. Na minha fome intensa logo aprendi a me comunicar e comecei a escrever compulsivamente.
Jogo-me nas letras e se queres saber eu não penso muito porque ao pensar demais meus delírios se cotidianizam e perco todo o prazer poético.
Um prazer tem que ser degustado na pele como vinho em noites frias, no roçar de uma rosa, arranhando-se nos espinhos. Quando sangro, gozo.
O aparelhinho leva-me ao mundo; ao país da imaginação, ao transe. Se a aragem penetrar na alma, se o luar me olhar, se o cachorro uivar, juro leitor(a) eu me diluo no ar. Viro aragem, sou rosa, espinho e folhagens.
Quando torno-me folhagem, chego ao tudo do sim e concluo: os pensadores que não se entregaram aos sonhos, que só comeram espinhos que não arrancaram a pele, que apenas somaram misérias não conheceram o sabor pêssego–noite. Tenra noite de sarros, doces noites de orgias onde a palavra sonhada na boca internética faz-se vida.
Por isso digo: Eu tenho um caso poético, eu te achei aqui nesse transe maldito e te falo do quanto é gostoso penetrar tua alma; abraçar Baudelaire, sussurrar Rimbaud, sofrer Maiakovski, ou ler Augusto.
Claro, escravizar o leitor, porque eu ( boy ou girl), sou um escritor e delicio-me em fazer-te ler minhas loucas noites onde desabotôo o peito a dizer: vem, beija-me!


Thiers R >



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Um comentário:

Beatriz disse...

Thiers (Tadzio), suas palavras espalhando encanto, sentidos atravessando a noite e você aqui, e longe. Anjo satânico e lindo. nunca fomos tão iluminados.

Ludo, ludere, brincar. Vamos brincar, meu querido. Vc sabe muito bem que nossas diferenças são infantilidades, vingancinhas recíprocas. Vamos deixar de besteirinhas? Essas afetações não levam a lugar nenhum. Que seja dissolução. Até logo, meu jovem e tumultuado predador, que devasta, desmonta o mundo a toda hora. Volúpia infinita.

mille baci
Bea

é CD (compulsão diária que vc detesta)