DELINQUENTE CANÇÃO
Thiers R>
Não, não posso rimar
enquadrar
formatar
meu sangue escorre
fermentado
não, não saberia
impor conceitos
vivo a placenta fértil
e como animal devoro
teu sangue é minha vida
assim mordo-a
num carinhoso beijo
colado a boca
apenas desejo
sem medida
lanço-me
ao papel amassado da vida
em tua nuca cato estrelas
fina penugem me seduz
não tente compreender-me
apenas afague com sofreguidão
sou teu
neste minuto sem tempo
sou teu
neste quarto perfumado
nesta musica
corrente sanguínea
compõe delinqüente canção
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3 comentários:
O mais interessante é o som do teu nome, que me lembra "lágrimas" em inglês.
Obrigado pelas palavras, a poesia deixada nos comentários do meu blog. Gostei daqui e preciso ler algumas coisas com tempo. Tua poesia ferve.
"...tum, tum, tum..."
Meu coração é orquetra erudita a interpretar ditas canções.
"E este morcego! E, agora, vede:
Na bruta ardência orgânica da sede,
Morde-me a goela ígneo e escaldante molho."
(A. dos Anjos -trecho, O morcego)
essa aki vc arrazou!!!...Mto bom mesmo...Parabéns
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